Donald Trump afirma ser “o fim do declínio” dos Estados Unidos

 

Donald Trump afirma ser “o fim do declínio” dos Estados Unidos em discurso de posse em Washington.

Hoje, 20 de janeiro de 2025, Donald Trump foi empossado como o 47º presidente dos Estados Unidos, marcando seu retorno à Casa Branca após vencer as eleições de novembro de 2024 contra a então vice-presidente Kamala Harris. A cerimônia, realizada no Capitólio em Washington D.C., foi cercada de grande expectativa e simbolismo, refletindo tanto o apoio de seus eleitores quanto as controvérsias que continuam a acompanhar sua figura política. Este artigo aborda em detalhes a posse e o discurso de Trump, destacando suas promessas, o contexto político e as repercussões imediatas.

Uma cerimônia atípica

Devido às baixas temperaturas e aos ventos fortes, a posse foi realizada na Rotunda do Capitólio, uma decisão incomum para um evento que tradicionalmente acontece ao ar livre. Essa escolha também refletiu preocupações de segurança, considerando os eventos passados que marcaram a política americana nos últimos anos. Cerca de 800 convidados compareceram ao evento principal, enquanto outros 1.300 acompanharam de áreas internas.

Entre os presentes estavam ex-presidentes, como Joe Biden, Barack Obama, George W. Bush e Bill Clinton, bem como figuras proeminentes do empresariado americano, incluindo Elon Musk, Mark Zuckerberg e Jeff Bezos. Além disso, lideranças internacionais alinhadas com a visão conservadora de Trump, como Viktor Orbán, da Hungria, e Giorgia Meloni, da Itália, também marcaram presença, sublinhando o impacto global de seu retorno ao poder. Donald Trump afirma ser “o fim do declínio” dos Estados Unidos em discurso de posse em Washington

O discurso inaugural: o fim do declínio” dos Estados Unidos

Em seu discurso de posse, Trump não economizou em retórica nacionalista e promessas ambiciosas. Ele abriu com a declaração de que “a Era de Ouro da América começa agora”, prometendo restaurar a grandeza e a prosperidade do país. Suas palavras foram recebidas com entusiasmo por seus apoiadores, mas também suscitaram críticas por parte de opositores que veem em seu discurso sinais de divisão.

Trump enfatizou que sua administração trabalhará para colocar os Estados Unidos “em primeiro lugar” em todas as decisões. Entre os principais compromissos anunciados estavam:

  1. Segurança nas fronteiras: Uma das promessas centrais de sua campanha, Trump declarou estado de emergência nacional na fronteira sul. Ele anunciou a classificação de cartéis de drogas mexicanos como organizações terroristas estrangeiras e prometeu intensificar as deportações de imigrantes ilegais.
  2. Independência energética: Trump criticou duramente o Green New Deal, prometendo revogar regulações ambientais que, segundo ele, limitam o crescimento econômico. Ele destacou a importância de aumentar a produção de petróleo, gás e carvão como parte de sua agenda de independência energética.
  3. Políticas sociais e culturais: Em um tom controverso, Trump afirmou que seu governo reconhecerá apenas dois gêneros – masculino e feminino – e anunciou planos para reverter programas de diversidade implementados por governos anteriores. Ele destacou que a liberdade de expressão será uma prioridade e criticou o que chamou de “políticas de cancelamento”.
  4. Política externa: Trump reafirmou uma postura isolacionista, prometendo renegociar tratados internacionais e priorizar os interesses americanos. Ele também mencionou medidas simbólicas, como renomear o Golfo do México para “Golfo da América” e restaurar o nome do Monte McKinley, revertendo mudanças feitas por administrações anteriores.

Um tom religioso e messiânico

Um dos momentos mais marcantes do discurso foi quando Trump afirmou que sua vida foi “salva por Deus” para cumprir sua agenda. Ele adotou um tom messiânico, posicionando-se como um salvador da nação e prometendo lutar contra o que chamou de “facções corruptas que querem destruir o sonho americano”. Essa abordagem religiosa e emocional reforçou sua conexão com sua base evangélica, que desempenhou um papel crucial em sua vitória eleitoral.

Apesar do tom combativo, Trump também tentou passar uma mensagem de unidade, afirmando que todos os americanos, independentemente de suas origens, seriam beneficiários de suas políticas. “Hoje, não há democratas ou republicanos, mas sim patriotas americanos”, disse ele.

Repercussões nacionais e internacionais

A posse de Donald Trump gerou reações mistas tanto dentro quanto fora dos Estados Unidos. No país, seus apoiadores celebraram o retorno de um líder que consideram um defensor do povo contra a classe política tradicional. Por outro lado, críticos alertaram para os riscos de polarização e possíveis retrocessos em direitos civis e ambientais.

Internacionalmente, a cerimônia destacou as alianças que Trump busca fortalecer. A presença de líderes da extrema-direita, como Javier Milei, presidente da Argentina, e Giorgia Meloni, primeira-ministra da Itália, sublinhou uma tendência de cooperação com governos alinhados à sua visão conservadora. Em contrapartida, grandes potências europeias, como França e Alemanha, demonstraram distância ao não enviar representantes de alto escalão para o evento.

O futuro sob Trump 2.0

O segundo mandato de Trump promete ser tão ou mais controverso que o primeiro. Sua agenda combina retórica populista com medidas conservadoras que podem redesenhar o cenário político e econômico dos Estados Unidos. Entre os desafios que ele enfrentará estão a oposição democrata no Congresso, a pressão de movimentos sociais e as complexidades de um mundo multipolar.

Além disso, as promessas de endurecimento nas fronteiras e de políticas mais restritivas em relação a direitos civis podem acirrar tensões internas. Movimentos de defesa dos direitos humanos e organizações ambientais já sinalizaram que estarão vigilantes para impedir retrocessos.

No entanto, é inegável que Trump mantém uma forte conexão com sua base eleitoral. Sua habilidade de mobilizar milhões de americanos e de ditar o discurso político nacional continua sendo uma força significativa no cenário político.

Conclusão

A posse de Donald Trump em 2025 marca um momento decisivo para os Estados Unidos e para o mundo. Seu discurso inaugural foi uma combinação de promessas ousadas, retórica nacionalista e um apelo emocional que ressoou profundamente entre seus apoiadores, onde Donald Trump afirma ser “o fim do declínio” dos Estados Unidos. Contudo, também deixou claro que seu segundo mandato será marcado por políticas que polarizam o país e desafiam normas estabelecidas.

Enquanto seus aliados celebram a volta de um líder determinado a colocar os EUA em primeiro lugar, seus críticos temem os impactos de suas decisões no ambiente, nos direitos civis e na estabilidade global. O futuro sob Trump promete ser turbulento, mas também oferecerá uma oportunidade para refletir sobre os rumos da maior democracia do mundo.

 

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